ENLIJE 2024
Grupos de Trabalho
Clique no ícone abaixo para acessar a lista de trabalhos aceitos para apresentação nos Grupos de Trabalho:
GT 1
CHEGUEI NA SALA DE AULA, E AGORA? EXPERIÊNCIAS LITERÁRIAS DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO
Dra. Aluska Silva Carvalho - SEDUC Campina Grande
Dra. Sandrelle Rodrigues de Azevedo - (UEPB)
Discentes de licenciatura necessitam cursar disciplinas de estágio supervisionado, sendo porvezes, suas primeiras experiências conduzindo uma turma de crianças ou adolescentes.Entendendo que o ensino de literatura nas escolas vem passando por transformaçõesimpulsionadas pelas novas tecnologias, bem como pelos desafios naturais dos processos deensino-aprendizagem do público infantojuvenil, necessitamos de espaços de diálogos e de trocade saberes. Sendo assim, este GT se interessa por pesquisas, concluídas ou em andamento, quereflitam sobre o ensino de literatura nos níveis fundamental e médio; relatos de experiênciadocente desenvolvidos por profissionais do ensino ou por alunos de estágiosupervisionado/prática de ensino na área de literatura; propostas de ensino que privilegiem aleitura do texto literário e reflitam sobre as metodologias de ensino; reflexões sobre a formaçãoinicial dos professores de literatura nos cursos de letras ou pedagogia.
Palavras-chave: Literatura e ensino. Estágio supervisionado. Experiências com texto literário em sala de aula.
GT 2
LITERATURA DE AUTORIA NEGRA FEMININA: PESQUISA E ENSINO
Dra. Amanda Ramalho de Freitas Brito (UFPB)
Me. Yago Viegas da Silva (UFPB)
A escrita de autoras negras no contexto brasileiro é uma ação de decolonização àmedida em que propõe uma ressignificação do próprio cânone, trazendo para o centroda discussão as vivências e experiências desses sujeitos-corpos histórica e culturalmentesilenciados. Nessa perspectiva, trabalhar com a literatura de autoria feminina negraconstrói uma política de re-existência que elabora novas formas de pensar a literatura,considerando, sobretudo, os marcadores de gênero e raça que estão indissociavelmenteligados ao social. A esse respeito, Evaristo (2005) elabora sua ideia sobre Escrevivênciapensando o lugar desses corpos-sujeitos, suas semelhanças e também sua potênciaexistencial, de modo que essa literatura aponta novos caminhos para pensar a arte e aprópria sociedade. Para além desse panorama e considerando a vasta produção literárianegra-feminina brasileira, consideramos urgente proporcionar aos alunos da educaçãobásica o contato com tantas autoras que marcaram e marcam a literatura nacional, aexemplo de Maria Firmina dos Reis, Carolina de Jesus, Conceição Evaristo e tantasoutras que sequer aparecem nos livros didáticos. O objetivo deste grupo de trabalho éproporcionar o compartilhamento de trabalhos que visem apreciações teórico-críticas emetodológicas (que envolvam pesquisa e/ou ensino) com textos de autoria negrafeminina brasileira, levando em consideração aspectos da decolonização e do feminismonessa literatura, bem como aspectos da resistência/re-existência e suas manifestaçõessubjetivas, culturais, históricas, políticas e filosóficas. Para pensar caminhos de leitura etrabalho com essas autoras, nos valemos de ideias como hooks (2010, 2014, 2019), Evaristo (2023, 2005), Cuti (2002, 2010), Martins (1996, 2021) Souza (2020), Lorde(2021), Carneiro (2018) e quaisquer outros autores/teóricos que estejam emconcordância com o escopo deste GT.
Palavras-chave: Literatura negra-brasileira. Autoria Feminina. Decolonização.Ensino e pesquisa.
GT 3
PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E MEDIAÇÃO DA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL NA CONTEMPORANEIDADE
Drª. Ana Lúcia Maria de Souza Neves (FALLA/UEPB)
Dr. Bruno Santos Melo (FALLA/UEPB)
A literatura infantil e juvenil tem passado por uma série de ressignificações no âmbitoda produção, circulação e mediação das obras, sobretudo no contexto contemporâneo,que é permeado pelas mídias digitais e sociais, instaurando modos multifacetados noque concerne à materialidade e à leitura do texto literário. Diante disso, este Grupo deTrabalho recebe comunicações que reflitam a produção literária voltada a crianças ejovens tanto em contexto acadêmico quanto escolar, no formato de pesquisa ou relato deexperiência. Serão bem-vindos, ainda, diálogos intermidiáticos com outras expressõesartísticas, como adaptações cinematográficas, quadrinísticas, teatrais, entre outras.Nesse sentido, busca-se discutir tanto propostas voltadas à análise quanto direcionadas àformação de leitores.
Palavras-chave: Literatura infantil; literatura juvenil; formação de leitores; literatura eintermidialidade.
GT 4
Representações do feminino para o público infanto-juvenil
Adriana dos Santos Sales (CEFET-MG)
Débora Cristina Marini (UFRGS)
Nos últimos anos, editoras brasileiras têm intensificado a publicação debiografias e adaptações literárias voltadas para o público infanto-juvenil,incluindo obras com foco em figuras femininas como escritoras, cientistas epensadoras. Inspiradas por tendências internacionais, essas publicaçõesabrangem desde adaptações de clássicos da literatura mundial até obras deautoras contemporâneas, geralmente em edições ilustradas. O objetivo desteGrupo de Trabalho (GT) é discutir essa produção literária, com ênfase nasrepresentações do feminino, sejam elas por meio de biografias ou de históriasadaptadas. O GT acolherá trabalhos que analisem adaptações ou traduções de dessasobras literárias para a língua portuguesa, investiguem biografias de figurasfemininas, ou explorem a aplicação e o uso didático desse material em sala deaula. As propostas poderão também abordar questões como a relevância dedivulgação da vida e do legado de mulheres pioneiras para o público jovem, asestratégias editoriais envolvidas na adaptação de obras para essa faixa etária,e como essas obras podem contribuir para a formação de novas gerações,destacando a importância da representação feminina no campo literário ecientífico. Assim, o GT busca promover uma reflexão sobre a interseção entreliteratura, educação e a construção de novas narrativas sobre o feminino.
Palavras-chave: Literatura Infanto-juvenil; Biografias; RepresentatividadeFeminina; Adaptações Literárias.
GT 5
LITERATURA JUVENIL E CULTURA DIGITAL: conexões literárias entre jovens e cibercultura
Dra. Alyere Silva Farias (UFPB-PPGL)
Rebeca Alves Wanderley Braz (UFPB-PPGL)
Este GT aceita propostas que envolvam leituras literárias e culturas digitais, desde análisesde obras que circulam em meios digitais a propostas didáticas ou relatos de experiênciacom a literatura e as novas tecnologias de informação e comunicação, em língua maternaou estrangeira, em situações institucionais e não-institucionais de leitura e produçãoliterária. Estes trabalhos podem se utilizar de perspectivas teóricas relacionadas às mídias,às perspectivas de leituras, ao letramento digital, às questões teórico-críticas das obras literárias, ou ainda de estratégias e abordagens didáticas de ensino híbrido ou à distância,através do uso de quaisquer aparelhos, plataformas e/ou aplicativos, a fim de possibilitar aexperiência interativa com o literário ou a própria vivência de produção literária digital,buscando apontar contribuições e a interação de/com suportes diversos na formação deleitores literários, reafirmando pactos de leitura que sejam possíveis e significativos.Experiências que partem de textos literários para propor leituras ou reflexões a partir do usode diferentes tecnologias serão aceitas, bem como propostas de leitura/produção ou análiseque se organizam em torno de obras digitais ou digitalizadas, incluindo podcasts, produçõesdas bookredes e fanfictions.
Palavras-chave: Literatura Juvenil; Cultural Digital; Leituras Literárias; Perspectivas de leituras; Plataformas digitais.
GT 6
Literatura infantojuvenil indígena na sala de aula: entre sabenças e aprendizagens
Dra. Annie Tarsis Morais Figueiredo (UERN)
Ianna Alexandre (Mestranda PPGLE/UFCG)
Com este Grupo de Trabalho planejamos ouvir a multiplicidade de vozes indígenas paratensionar as linguagens e seus usos didáticos. Para além de atender a demanda da Lei11.645/2008, trata-se de compreender como esses povos criam suas cosmopoéticas que,dentro das (i)materialidades literárias, estão as rodas de conversa em volta da fogueira, osgrafismos, as cestarias, os sonhos, as brincadeiras, as comidas, os cantos, as danças, as magiasde cura, as escutas sensíveis dos encantados do rio, do igarapé, do mar, do mangue, da mata.Pensando nisso, este GT é um território para acolher trabalhos que discutam as múltiplasperspectivas da literatura infantojuvenil indígena produzida no Brasil. Adotando umaabordagem interdisciplinar, buscamos refletir sobre como as narrativas, os recontos, os mitose as cosmologias indígenas estão sendo incorporadas nas escolas da Educação Básica e noscurrículos acadêmicos das IES. Dentre os temas possíveis, destacamos: a) valorização daoralidade, b) desconstrução de estereótipos, c) respeito à integridade da Natureza, d) educaçãointercultural, e) ancestralidade e pertencimento. O GT visa, portanto, reunir educadores epesquisadores para compartilhar experiências, métodos e estratégias para cultivar umaeducação que compreenda as criações literárias e respeite as diversidades étnicas, culturais eecológicas. Podendo estarem presentes as memórias e as fabulações criadas e (re)contadas porAilton Krenak, Auritha Tabajara, Cristino Wapichana, Daniel Munduruku, Edson Kayapó,Eliane Potiguara, Geni Nuñez, Graça Graúna, Kaká Werá Jecupé, Lia Minápoty, LuciaTucuju, Márcia Kambeba, Maria Kerexu, Olívio Jekupé, Sulamy Katy, Tiago Nhandewa,Trudruá Dorrico, Vãngri Kaingáng, Yaguarê Yamã, entre outros autores.
Palavras-chave: Literatura infantojuvenil indígena; Sabenças; Aprendizagens; Educaçãoliterária intercultural.
GT 7
Perspectivas decoloniais para leitores em formação
Prof. Dr. Carlos André Cordeiro de Oliveira (IFPB)
Profa. Ma. Aniely Walesca Oliveira Santiago (UFPB)
O ensino de literatura infanto-juvenil dentro de uma perspectiva decolonial, antirracista eantimachista é uma abordagem que procura repensar esteticamente as narrativas, ospersonagens e as temáticas em prol da formação de jovens leitores mais críticos. O presenteGT acolhe propostas de trabalhos vinculados às literaturas brasileiras, caribenhas e latino-americanas produtoras de letramentos decoloniais para leitores em processo de formação. Opresente GT objetiva identificar e trabalhar com textos literários que promovam uma narrativadecolonial, desafiando as narrativas hegemônicas e focalizando histórias e vozesmarginalizadas, como as de povos indígenas, africanos e afrodescendentes. O escopo do GT abrange analisar obras para formação de jovens leitores que abordem temas de equidade degênero, questões de raça, emancipação de crianças e jovens negras, indígenas e gruposmarginalizados em territórios do Sul Global.
Palavras-chaves: decolonialidade; formação de leitores; ensino.
GT 8
LITERATURA E AUTORITARISMO NA AMÉRICA LATINA: PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE LITERATURA
Prof. Dr. José Edilson de Amorim (PPGLE/UFCG)
José Weslley Barbosa de Lima (PPGLE/UFCG - Doutorando)
Jaqueline Mendes Reinaldo (PPGLE/UFCG - Mestranda)
Os estudos acerca do ensino de literatura têm contribuído para o desenvolvimentode metodologias que colaboram com a fruição e a melhoria da formação de leitores, desde oEnsino Básico até o Ensino Superior. Do mesmo modo, o avanço do pensamento crítico eteórico sobre a literatura e a sociedade tem chegado às salas de aula e influenciado novaspráticas e debates. Compreender como a sociedade vê, através do ponto de vista de autoresbrasileiros ou de países pertencentes à América Latina, acontecimentos como o período deregime militar no Brasil (1964-1985) ou a ditadura militar do Chile (1973-1990), podecontribuir de forma significativa para uma reflexão autocrítica de modo que haja, por meio daeducação literária, a tentativa de que o passado não se repita. Este GT pretende acomodarestudos que relacionem os períodos de autoritarismo e/ou o avanço da extrema direita nasúltimas décadas na América Latina e o ensino de literatura.
Palavras-chaves: Ensino de literatura; literatura e autoritarismo; educação literária.
GT 9
A literatura infantil e juvenil na formação inicial de professores/as: de línguas (materna e/ou adicional/estrangeira), da educação infantil e anos iniciais
Dra. Daniela Maria Segabinazi (DLCV/PPGL- UFPB)
Dra. Marília Forgearini Nunes (FACED/PPGEDU - UFRGS)
María José Núñez Merino (Doutoranda PPGL-UFPB)
Este grupo de trabalho propõe discutir a importância da literatura infantil e juvenil (LIJ) naformação inicial de professores de língua materna e adicional/estrangeira, de educação infantile anos iniciais. Neste espaço multilíngue buscamos debater como a LIJ pode contribuir para aformação inicial dos saberes docentes enquanto sujeitos leitores críticos e mediadores deleitura. Convidamos à submissão de trabalhos de professores, pesquisadores e estudante deLetras, Pedagogia e áreas afins que discutam os paradigmas atuais de ensino de literatura noscursos de formação docente, o papel do professor como mediador da leitura, a sua própriaformação leitora, além de análises sobre como a LIJ pode promover reflexões sobre cidadania,diversidade, e questões éticas na educação superior. Também são bem-vindas contribuiçõesque abordam, entre outros temas, a presença da LIJ nos currículos do ensino superior e daeducação básica, a relação entre a leitura literária de LIJ e o ensino de línguas, bem como oimpacto da seleção e leitura de LIJ na formação de leitores críticos. Nosso objetivo é criar umespaço de troca de experiências e práticas onde conhecer e visibilizar o lugar da LIJ naformação inicial dos docentes brasileiros, visando fortalecer sua relevância nos currículos.
Palavras-chave: literatura infantil e juvenil; formação de professores; letramento literário;leitura literária; ensino de literatura.
GT 10
VOZES DA POESIA AFRO-BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Felippe Nildo Oliveira de Lima (Doutorando pós-lit/ UFMG)
Profa. Dra. Giovanna Soalheiro Pinheiro (IFMG)
Pretendemos reunir pesquisas que realcem a pluralidade de vozes que corporificam ovasto território da poesia afro-brasileira contemporânea, ressaltando a complexidade demanejos formais e de frentes temáticas desenvolvidas por autores/as afrodescendentes,bem como a transposição de fronteiras disciplinares na recepção crítica de suasproduções. Objetivamos potencializar nosso olhar para o entrelaçamento de, pelomenos, duas instâncias que, como discute Pereira (2022), caracterizam a literatura negrae/ou afro-brasileira. A primeira se volta para as experiências sociais e históricas quereforçam o pertencimento de autores/as negros/as a uma coletividade atravessada peladiáspora atlântica, pelo trauma da escravidão e da violência racial, sendo o textoliterário também “um meio de reinterpretação dos discursos elaborados sobre asvivências das pessoas negras, ao mesmo tempo que pretende constituir-se como umavoz dos negros e para os negros” (Pereira, 2022, p. 55). A segunda versa sobre aelaboração do texto como espaço de reflexão dessas experiências, destacando,sobretudo, “a investigação dos traços estéticos decorrentes das matrizes culturaisafricanas inseridos no tecido das literaturas nacionais e a afirmação da pesquisaestética” (Pereira, 2022, p. 55). Tendo em vista que a mobilização dessas instânciasocorre de modo a tensionar produtivamente a ética e a estética, o conteúdo e a forma, opresente GT investigará como as vozes da poesia contemporânea afro-brasileira têmconstituído seus lugares de fala socialmente situados na investigação de recursosformais próprios, apontando necessárias alterações de paradigmas estéticos eideológicos (Cuti, 2010).
Palavras-chave: Vozes poéticas contemporâneas. Poesia contemporânea afro-brasileira. Autoria negra. Ética. Estética.
GT 11
Leituras literárias e práticas de resistência no ensino de literatura na educação básica
Dra. Francielly Alves Pessoa (IFPB)
Dra. Flávia Elizabeth de Oliveira (IFPB)
Dra. Luciana de Queiroz (IFPB)
Para Regina Delcastagne (2012), a literatura brasileira sempre figurou como um território a ser contestado, como espaço de disputas em queautoras/autores e críticas/críticos se movimentam e buscam legitimação comoagentes do campo literário. Além disso, a multiplicidade de vozes e discursosproduzidos na contemporaneidade mobilizam formas distintas de fazer e pensarliteratura. Nesse sentido, compreendemos que a aula de literatura na educaçãobásica também se situa nesse “jogo de forças” e pode colaborar como prática deresistência à logica neoliberal, sexista e racista, e ao achatamento da experiênciaestética dos sujeitos em formação. Partindo desses pressupostos, este grupo detrabalho tem como objetivo agregar propostas de leituras literárias e/ou relatosde experiência de ensino de literatura que interpelem o texto literário e a aula deliteratura como espaços de valorização da experiência estética do leitor/daleitora, do compartilhamento de novos olhares recortados pela literatura e que,por fim, evoquem, direta ou indiretamente, a temática da resistência como forma.
Palavras-chave: Literatura brasileira. Ensino de literatura. Leitura literária.Resistência.
GT 12
Literaturas hispânicas e ensino
Profa. Dra. Isis Milreu (UFCG)
Profa. Dra. Lorena Gois de Lima Cavalcante (UFCG)
Nos últimos anos, especialistas dos estudos hispânicos têm levantado o debatesobre a importância da formação de professores e leitores em línguaespanhola, além da presença efetiva do texto literário nas salas de aula – daeducação básica ao ensino superior. Desse modo, o objetivo principal destesimpósio é discutir pesquisas sobre as literaturas hispânicas em seus maisdiferentes âmbitos críticos-teóricos-metodológicos, relacionando-os, quandopossível, ao ensino. Para tanto, aceitaremos trabalhos que: 1. Analisem obrasliterárias de língua espanhola sob a ótica da crítica e da teoria literária; 2. Queexaminem a relação das literaturas hispânicas com outras artes, no contextocrítico teórico e de ensino; e/ou que 3. Abordem o ensino de literaturashispânicas na sala de aula de espanhol.
Palavras-chaves: Ensino, artes, literatura hispânica.
GT 13
IMAGENS NARRATIVAS NA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: LIVRO
ILUSTRADO, LIVRO IMAGEM E HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Profa. Dra. Márcia Tavares (UFCG/PPGLE)
Dra. Andréia Oliveira Alencar Iguma (UFU/PROLELI)
Dra. Aline Barbosa de Almeida Cechinel (UNICSUL/PROLELI)
Comumente, o livro endereçado ao leitor infantil e juvenil apresenta elementos de visualidade, como no livro ilustrado em que o texto visual funciona como o elemento plástico e narrativo que narra a história e o seu funcionamento garante o entendimento do enredo, sem dependência do texto escrito. A ampliação dos significados contidos nas imagens narrativas se expande para os livros imagens e para as histórias em quadrinhos quando pensamos nas linguagens visuais que atualizam as experiência do leitor infantil e juvenil, pois, as sensações são vivenciadas pelas linguagens plásticas constituintes desses gêneros. A partir das mudanças ocorridas nos livros dedicados a esse público, desde as últimas décadas do século XX e décadas iniciais do século XXI, percebemos um movimento contínuo de mudanças na produção dessa literatura. Para este grupo de trabalho temático, consideramos, nesse entendimento, pesquisas sobre as linguagens que constituem as obras literárias contemporâneas que incidem sobre os elementos da linguagem imagética em dialogo com as estruturas de composição narrativa, ou com os elementos de texto poético. Dessa forma, agruparemos trabalhos, de pesquisas em andamento ou encerradas, que tomem como objeto os suportes
materiais da literatura para infância ou para os jovens em suas diversas linguagens, materialidades e gêneros (histórias em quadrinhos, livro ilustrado, livro de imagem, livro objeto, entre outros), da recepção em contexto de ensino, da formação leitora ou de educação literária de maneira geral.
GT 14
LITERATURA INFANTO-JUVENIL E OS TEMAS FRATURANTES: POR UM ENSINO DE LITERATURA QUE ECOE AS MÚLTIPLAS VOZES
Maria Gilliane de Oliveira Cavalcante (UFCG/PROLELI)
Dr. Marivaldo Omena Batista (UNESP/PROLELI)
Canclini (2006, p. 23) discute que a arte não é apenas uma questão puramente estética,uma vez que também reflete as tensões sociais e as transformações culturais. Nessecontexto, a literatura infantojuvenil desempenha um papel significativo na educaçãoliterária, pois, em seu cerne, podem emergir discursos e questões culturais frequentementesilenciados ou marginalizados no contexto social. Ao permitir que crianças e jovenstenham acesso a obras literárias que abordem temas fraturantes — que, segundo Souza (2019, p. 443), são livros considerados polêmicos ou tabus, capazes de suscitar “apluralidade de ideias e interpretações e possibilitar aos leitores o exercício crítico darealidade, desenvolvendo, assim, a capacidade de escolha e a liberdade” —, o ensino deliteratura contribui para a construção de uma sociedade mais acolhedora, plural einclusiva. Diante disso, o presente simpósio tem como propositura reunir trabalhos queapresentem experiências pautadas no ensino de literatura infantojuvenil, em que temasfraturantes sejam o fio condutor de uma percepção estético-cultural de uma realidade quetende a silenciar múltiplas vozes no contexto social, como, por exemplo, questões degênero, identidade, diversidade étnico-racial, meio ambiente, desigualdade social, entreoutros. Assim, a literatura infantojuvenil dispõe de uma capacidade única de abrir janelaspara o mundo e para o outro, proporcionando a crianças e jovens um espaço para reflexãosobre as complexidades da realidade contemporânea.
Palavras-chave: Literatura infantojuvenil; Temas fraturantes; Ensino de Literatura.
GT 15
A literatura de cordel e a formação de leitores: entre a tradição e a contemporaneidade
Profa. Dra. Naelza de Araújo Wanderley (PPGLE- UFCG)
Profa. Claudenice da Silva Souza (Doutoranda PPGLE- UFCG)
Profa. Adriana Vicente do Nascimento (Doutoranda PPGLE - UFCG)
Este GT está aberto a pesquisas que estejam voltadas para as possibilidades detrabalho com a literatura de cordel no cotidiano da sala de aula. Também podem sercontemplados relatos de experiências sobre a importância desta na formação de leitores,assim como estudos que discutam os laços que essa literatura mantém com a tradição,ao mesmo tempo em que se inscreve na contemporaneidade.
Palavras-chave: Literatura de cordel. Sala de aula. Formação de leitores.
GT 16
LITERATURA E ESTUDOS DE GÊNERO NA ESCOLA
Dr. Carlos Eduardo Albuquerque Fernandes (UFAPE)
Dr.ª Tássia Tavares de Oliveira (UFCG)
Os estudos feministas e de gênero trazem muitas mudanças para o panorama tradicional da crítica literária e oferecem possibilidades analíticas de enfrentamento dessas tensões em sala de aula, incluindo problematizações acerca do cânone e das sub-representações de mulheres e das diversidades étnicas e sexuais nas aulas de literatura. Neste simpósio nos interessamos por
trabalhos sobre obras literárias que tematizem ou se relacionem com questões de gênero, feminismo e suas interseccionalidades de raça, classe, sexualidade, seja no resgate de autoras silenciadas pela tradição patriarcal e esquecidas pelos livros didáticos ou através das vozes femininas da literatura contemporânea que precisam estar presentes nas escolas. Pretendemos destacar a diversidade na autoria abordando obras de mulheres negras, indígenas, cis ou trans, incluindo possibilidades de trabalho a partir da literatura infanto-juvenil produzida por essas autoras. Também nos interessam relatos de experiência docente que a partir do texto literário,
de autoria feminina ou não, possibilitaram conduzir reflexões sobre feminismo, alteridade, valorização das diferenças, combate à discriminação e preconceito, em especial contra mulheres e pessoas LGBTQIAPN+.
Palavras-chave: Literatura, Gênero, Feminismo, Escola, Diversidade.
GT 17
PARA LER A POESIA DE AUTORIA FEMININA DO NORDESTE
BRASILEIRO: DA CRÍTICA À SALA DE AULA
Prof. Dr. Olavo Barreto de Souza (UEPB)
No contexto contemporâneo, algumas iniciativas têm ocorrido para abertura
de espaço às autorias não-canônicas, aquelas que compreendem circuitos não-
hegemônicos, fora do eixo Rio-São Paulo, das periferias, dentre outros loci de produção e recepção literárias. Dentre esses circuitos, estão as autorias femininas do nordeste brasileiro produtoras de poesia. As iniciativas fomentadoras da discussão sobre essas autorias estão em curso de produção e nosso grupo de trabalho é um espaço para a divulgação de ações que envolvem a proposição de leituras literárias sobre elas, seja na perspectiva da crítica ou do ensino de literatura. Tendo em vista a amplitude desse campo expressivo, ele considera desde autorias femininas na poesia que possuam ligação temática com a região do nordeste ou se singularizam em suas proposições literárias com temáticas e estratégias composicionais diversas. Dessa forma, as comunicações orais do grupo contornam relatos de experiência e proposições didáticas sobre a convivência com essas autorias, focalizando suas produções poéticas, seja na educação básica ou no ensino superior, bem como em espacialidades não-escolares. Ainda, aceitam-se trabalhos que versem sobre projetos de escrita, tematizações, dentre outros percursos estéticos envolvendo a produção das autorias focalizadas, haja vista a necessidade de constituir lugares para corporificar e sintetizar a crítica sobre a poesia aqui investigada.
Palavras-chave: autoria feminina; poesia; nordeste brasileiro; crítica literária; ensino de literatura.
GT 18
LÍNGUA LATINA E LITERATURA GRECO-ROMANA: OS CLÁSSICOS DA ANTIGUIDADE E AS PESQUISAS ACADÊMICAS
Dra. Viviane Moraes de Caldas ( UAL / PPGLE/ UFCG)
Me. Johne Paulino Barreto (Letras UPE campus Petrolina)
Partindo da ideia de que o latim e a literatura clássica greco-romana muito cooperam para os estudos contemporâneos e ampliam os conhecimentos dos(as) estudantes do ensino superior, acreditamos na sua significativa contribuição para os avanços das pesquisas acadêmicas em Letras e áreas afins e que elas impactam, de forma positiva, os estudos linguísticos e literários que resgatam os conhecimentos provindos da Antiguidade Clássica greco-romana. Diante disso, este GT aceitará trabalhos acadêmicos em torno da língua latina e da literatura greco-romana, cuja discussão esteja centrada em abordagens analíticas, teóricas e/ou propostas de ensino-aprendizagem. Além disso, interessam-nos trabalhos que examinem a relação entre o latim e o português numa perspectiva diacrônica da língua, bem como entre a literatura greco- romana e as literaturas de língua portuguesa numa abordagem comparativa de análise do texto literário.
Palavras-chave: Latim. Literatura greco-romana. Abordagens analíticas. Abordagens teóricas. Propostas de ensino-aprendizagem.
GT 19
Produções e práticas leitoras da literatura em Libras
Profa. Dra. Shirley Barbosa das Neves Porto (UFCG - PPGLE)
Juliana Fernandes Montalvão Mateus
O GT receberá pesquisas concluídas e em andamento, e relatos de experiência de produções literárias em Libras e práticas leitoras em sala de aula utilizando a literatura em Libras.
GT 20
MUTAÇÕES DA POESIA INFANTIL E JUVENIL: TEORIAS, FORMAS E VOZES
Profº Dr. João Paulo Fernandes (UNIVASF)
Me. Joseany L. Gomes Perinelli (UFPB)
Profª Drª Rosângela Neres (UEPB)
A relação entre Literatura e Sociedade soma incontáveis obras e pesquisas, legando teorias, estéticas e metodologias ao fazer literário, e tocante aos contextos do fazer poético não se percebe maiores distâncias, exceto por algumas percepções e abordagens que se dão em contextos instáveis de leitura, circulação, recepção e mediação da poesia e do poema. A esses contextos, em especial a universidade e a escola, requerem olhares mais aguçados, que se voltem à sistematização de práticas e reflexões acerca da poesia infantil e juvenil e suas mutações que dialogam com teorias, formas e vozes, as quais (re)configuram o pragmatismo estético através do lúdico e da imaginação. Nessa perspectiva, tomamos a sala de aula como ambiente possível de transformação, no qual o texto poético pode ser protagonista para o desenvolvimento crítico do leitor, agente para mediação e circulação da leitura literária, para, assim, evidenciar a experiência individual e coletiva no que toca aos enfrentamentos à política no autoritarismo nos contextos que perpassam as instituições de ensino. Para o GT, serão aceitas propostas que suscitem abordagens teóricas, análises e metodologias com a poesia, o poema e seus diálogos possíveis em contextos de instabilidade, ameaçados pela falta de políticas públicas que fragilizam a democracia e o papel docente, em interface com o ensino de literatura, a formação de professores, acesso ao livro, entre outros espaços de leitura e crítica literárias, promoção da escrita criativa e outras subjetividades que impliquem na experiência do leitor.
Palavras-chave: Poesia e poema. Poesia infantil e juvenil. Ensino de literatura. Leitura literária. Formação docente.
GT 21
Comunicações livres
Profª Drª Francisca Luana Rolim Abrantes (UFCG)
Elis Regina Guedes de Souza (PPGLE-UFCG)
Este grupo reúne trabalhos na área dos estudos literários, explorando diversas discussões e abordagens.