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Minicursos

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MINICURSO 1

Ensino de Língua e Literatura por meio dos Graded Readers

Dra. Adriana dos Santos Sales (CEFET-MG)

Modalidade: Remoto (Noite)

Este minicurso tem como objetivo fazer uma análise do referencial teórico e apresentar estratégias pedagógicas para o ensino de língua inglesa e literatura utilizando os Graded Readers – livros de literatura adaptados para diferentes níveis de proficiência. Voltado para educadores do ensino médio, o curso aborda como esses textos simplificados podem promover o desenvolvimento das habilidades de leitura, compreensão auditiva, ampliar o vocabulário e facilitar a compreensão de estruturas gramaticais em inglês. Ao longo do minicurso, discutiremos a seleção de livros adaptados adequados às necessidades de turmas heterogêneas, explorando como essas obras oferecem uma abordagem acessível à literatura e à cultura anglófonas. Também serão apresentadas atividades práticas que integram leitura, análise crítica e produção oral ou textual, incentivando o engajamento dos alunos. Ocurso propõe estratégias para associar esse material a discussões literárias e temas transversais, como questões culturais e sociais. Com base em experiências de ensino, os participantes terão a oportunidade de planejar e compartilhar atividades baseadas nos Graded Readers, explorando as vantagens desse recurso no processo de ensino-aprendizagem. O minicurso busca, assim, oferecer aos professores uma discussão e possível reflexão a respeito do papel da literatura no ensino de língua inglesa, além de fornecer possibilidades pedagógicas para o uso eficaz do material, contribuindo para o letramento e a formação crítica dos alunos.

Palavras-chaves: Graded Readers; Ensino de inglês; Literatura; Literatura
adaptada; Ensino médio.

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MINICURSO 2

Uma alegoria sobre as representações do feminino na Literatura Infantil e Juvenil: Contos de fadas e suas múltiplas camadas de resistência

Dra.Alyere Silva Farias (UFPB)

Alyne Maria da Silva Melo (PPGLE/UFCG-Mestranda)

Rita de Cássia Fernandes Monteiro (PPGL/UFPB-Mestranda)

Modalidade: Presencial (Manhã)

Os contos de fadas, narrativas milenares, fazem parte do imaginário popular desde antes da sua consagração para o público no século XVII, com a publicação das obras da francesa Madame d'Aulnoy (1652-1705). Tendo sofrido influência dos contos populares e dos contos folclóricos, as histórias como conhecemos hoje – “Cinderela”(1697), “Branca de Neve” (1812) — passaram por diversas modificações e representaram para a burguesia e para a nobreza uma forma de transmitir seus ideais de comportamento, o que chamavam de civilité. À vista disso, noções relacionadas a imagem das mulheres também não ficaram para trás, o controle sobre o corpo feminino e sobre a sua função na sociedade era mascarado com casamento, amor à primeira vista e a domesticidade. A exemplo disso, as histórias foram usadas em contextos históricos de muito terror e genocídio, como alusão, podemos citar os nazistas que utilizaram os contos de fadas para legitimar o racismo, o sexismo e o autoritarismo. As narrativas serviram para persuadir os leitores a se conformarem com modelos dominantes em relação às mulheres e ao processo de socialização presente na República de Weimar e na Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, as histórias maravilhosas continuam fazendo parte da leitura literária no âmbito infantil e juvenil, seja através dos considerados “clássicos” ou de novas representações. Dessa forma, o objetivo deste minicurso é discutir as diferentes representações das personagens femininas nos contos de fadas, sua importância social e as relações de poder e resistência experimentadas na leitura destes contos em diferentes contextos sociais e culturais, evidenciadas na vasta produção atual, tanto acadêmica quanto literária em torno dos contos de fadas, que reconhece e contesta estereótipos e alusões à conformidade de gênero das personagens femininas.

 

Palavras-chave: Contos de Fadas; Figura feminina; Literatura infantil e juvenil; Resistência

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MINICURSO 3

A Torre de Babel e a diversidade de línguas no mundo

Fábio Rodrigues da Silva (UEPB)

Dra. Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG)

Dra. Viviane Moraes de Caldas (UFCG)

Modalidade: Remoto (Noite)

Esse minicurso tem como objetivo a sensibilização aos estudos da Intercompreensão com foco nas Línguas Românicas (IRL) com o intuito de desenvolver embrionariamente capacidades e mecanismos para intercompreender diferentes línguas, visando à criação de empatia e respeito pelas línguas e culturas diferentes da materna. Para tanto, propõe-se um trabalho prático com gamificação a partir de uma abordagem plural, que pode estimular o desenvolvimento da compreensão oral e escrita em textos de LE.

Palavras-chave: Intercompreensão de Línguas Româmicas; Plurilinguismo; Abordagens plurais.

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MINICURSO 4

Leitura e análise de contos do Bernardo Kucinski: O corpo e a identidade da mulher no regime militar do brasil

Dr. José Edilson de Amorim (UFCG)

Jaqueline Mendes Reinaldo (PPGLE/UFCG – Mestranda)

Modalidade: Remoto (Manhã)

O conto, em sua concisão poética, tem como possibilidade a busca da experiência e da compreensão da realidade opaca da vida sob uma nova ótica. É preciso haja um ponto de interlocução entre as experiências vividas, ainda que dolorosas, e a arte, tendo em vista o conhecimento e reconhecimento da condição humana, suas fragilidades e suas perversidades; entendemos que esse ponto se encontra nos contos que serão abordados. O minicurso “Leitura e análise de contos do Bernardo Kucinski: o corpo e a identidade da mulher no regime militar do Brasil” tem como principal objetivo analisar os diferentes impactos das violências da Ditadura Militar (1964-1985) nas mulheres através dos contos Sobre a natureza do homem, Você vai voltar pra mim, A mãe rezadeira e A instalação (Kucinski, 2014), ainda utilizando do aporte teórico de Foucault (1987), Sontag (2003), Bauman (2021) e Butler (2022).

Palavras-chaves: Conto; Regime Militar; Autoritarismo; Bernardo Kucinski; Identidade feminina.

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MINICURSO 5

Bookredes como ferramentas de mediação literária

Dra. Alyere Silva Farias (UFPB)

Rebeca Alves Wanderley Braz (UFPB-PPGL-Mestranda)

Ana Clara Laurentino da Rocha (UFPB)

Carolina Helena Almeida de Mendonça (UFPB)

Marcela Ellen Penna Fernandes (UFPB)

Thalyta Reis da Silva (UFPB)

Modalidade: Presencial (Noite)

            CANCELADO

Este Minicurso tem como proposta apresentar e mediar as experiências literárias possíveis por meio das redes sociais, seja através da utilização de hipertextos, vídeos, fotos ou áudios. Nele, teremos contato com algumas das diversas manifestações literárias presentes no meio digital e as principais maneiras de se aproveitar e produzir conteúdo interativo voltado para esse nicho, tendo em vista o fenômeno da convergência midiática (Jenkins,2009), que consiste na participação do consumidor somada à multiplicidade de meios tecnológicos, ou seja, estamos a todo tempo criando na cibercultura. O público alvo são os estudantes de Letras e professores que tenham interesse em levar para as salas de aula a vivência da cultura digital aliada ao ensino de Literatura. O material a ser utilizado é apenas o smartphone e o acesso à internet. Como produção final, desenvolveremos em conjunto uma publicação em formato de card ou vídeo-minuto para a rede social Instagram, mostrando passo a passo como fazê-la, desde a roteirização à composição final do post, mediante o uso das ferramentas digitais Perplexity, baseada em inteligência artificial (IA) generativa e Canva, plataforma gratuita de design.

Palavras-chave: Literatura; Bookredes; Mediação literária; Redes Sociais; Plataformas digitais.

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MINICURSO 6

O erotismo (re)existe na poética de autoras nordestinas

Dra.Tássia Tavares de Oliveira (UFCG)

Monaliza Barbosa Araújo (PPGLE/UFCG- Mestranda)

Willian Paula da Silva (PPGLE/UFCG- Mestranda)

Modalidade: Remoto (Manhã)

A poesia erótica sempre esteve encoberta pelo véu dos tabus. Contudo, sua enunciação era permitida, em grande parte, a homens brancos, heterossexuais e de classes mais abastadas, enquanto as mulheres historicamente foram relegadas ao papel de musas, objeto de desejo. A poesia erótica contemporânea de autoria feminina resgata o que lhe foi silenciado: o poder de ser enunciadora desejante na cena poética. Essa escrita também (re)existe no projeto estético-literário de autoras nordestinas que, ao desafiar normas patriarcais e coloniais, encontram uma forma de combatê-las. Atentas às questões de seu tempo, a escrita dessas poetas atua como um mecanismo de desestabilização, desde a língua até a forma rígida do corpo do poema. Nesse sentido, a proposta do nosso minicurso visa dar visibilidade a poetas do nordeste, focando na experiência da leitura poética e discussões reflexivas de gênero. Questionamentos imprescindíveis para esse trabalho são: Como a leitura dessa poesia ajuda a redescobri-las nas linhas do protagonismo literário quando o sistema patriarcal e colonial tenta silenciá-las, diminuí-las, ou menosprezá-las? Desse modo, abordaremos com maior foco poemas de autoria de mulheres de estados nordestinos. Portanto, nossa proposta se entremeia entre a reflexão e a crítica para propor um ambiente propício para a experiência com esses textos, buscando contraposição aos sistema opressor que diminui a relevância dessa autoria tão necessária na nossa sociedade.

Palavras-chave: Poesia erótica; Autoria feminina; Poetas nordestinas.

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MINICURSO 7

A Ars Amatoria de Ovídio e o universo feminino na época de Augusto

Dra.Viviane Moraes de Caldas (UFCG)

Marcelle de Lemos Vilela Quirino (PPGLE/UFCG-Mestranda)

Modalidade: Presencial (Manhã)

Neste minicurso serão abordadas algumas passagens e digressões sobre narrativas mitológicas trazidas por Ovídio, poeta romano, na obra Ars Amatoria (Arte de Amar), a qual é composta por três livros nos quais encontramos conselhos de como homens e mulheres devem agir na hora da conquista amorosa. A obra, publicada no século I d.C., retrata as diversos perfis femininos presentes na época em que o poeta escreveu, oferecendo um olhar detalhado sobre suas vivências e papéis na sociedade romana. Podemos observar vários aspectos interessantes e transgressores na escrita do autor, que dá voz às mulheres que viviam no Império Romano, cujo imperador era Augusto. Ovídio fala sobre o gozo feminino, os benefícios do relacionamento com mulheres mais maduras, assim como aborda em seus conselhos sobre mulheres fortes como Lívia e Andrômaca – esta última pairando entre o status de esposa, mãe e concubina, ao longo da tragédia euripidiana, e recuperada na poesia ovidiana. Esperamos mostrar que, mesmo em tempos mais remotos, as mulheres deixaram sua marca na história por meio de ações que desafiaram a moral imposta pelo sistema patriarcal.

Palavras-chave: Ars Amatoria; Ovídio; Mulheres; Conquista amorosa; Transgressão.

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MINICURSO 8

Literatura Infantil: da subversão do estabelecido às práticas de leitor mirim crítico

Dra. Maria do Socorro Moura de Montenegro (UEPB)

Modalidade: Presencial (Noite)

Sala: 3 (UAL)

O presente minicurso, intitulado: Literatura Infantil: da subversão do estabelecido às práticas de leitor mirim crítico, objetiva trazer à tona não só a questão de aproximar as crianças dos livros de Literatura Infantil para que elas possam, não só atribuir sentido ao que lê, mas, sobretudo, propor a cada obra lida, novos conceitos, que acabam provocando uma subversão do já estabelecido. Pois sabemos que a Literatura Infantil, ao longo do século XX, ocupou espaços diferenciados no contexto escolar que, entre algumas obras clássicas, serviu como instrumento de ensino de regras e preceitos morais, assumindo, assim, um tom moralizante; depois, nas últimas décadas do século XX, figurou nos livros didáticos, sem que fosse observada a especificidade estética, sendo substituída, exclusivamente, pelo uso da leitura-pretexto direcionando-a para o estudo de aspectos gramaticais, excetuando-se o escritor Lewis Carroll -um inovador do conto infantil -, que se afastou de histórias moralizantes, assim como muitos outros escritores. Compreendemos, também, que, segundo Cadermatori (2010) a Literatura Infantil desfruta de pouco prestígio de onde ela é originária, o literário. Nesse sentido, esse minicursos e propõe discutir com os professores acerca da prática do discurso dialógico, que abre brechas para interrogações, para o choque de verdades e para o desafio da diversidade. Contribuindo para nosafastarmos da Literatura Infantil que, por determinação pedagógica, praticou, por muito tempo, o discurso monológico que, em nada contribuiu para a formação do leitor crítico mirim. Para isso, nos ancoramos em autores, como Cadermatori (2010); Bajour (2012); (2023); Andruetto (2012) e outros.

Palavras-chave: Literatura Infantil; Anos Iniciais; Práticas de Leitor; Mirim.

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MINICURSO 9

Ilustrações e ilustradores: um olhar na obra infantil lobatiana

Dr. Joaes Cabral de Lima – UFPB
Me. Jéssica Alves de Souza - UFPB
Beatriz Marinho Dias (Graduanda do Curso de Letras – UFPB)

Modalidade: Remoto (noite)

A ilustração, ponto de discussão desse minicurso, é um recurso paratextual ímpar, que tanto se apresenta como um elemento facilitador da compreensão da narrativa, como também uma extensão da mesma, repleta de signos e significados implícitos, complementando-a ou indo para além dela, permitindo, como bem evidencia Chartier (1990), que o leitor construa os seus significados em relação ao texto. É importante ressaltar que o escopo no qual centra-se a ilustração de livros abrange uma discussão técnica muito mais ampla como também no que diz respeito às mãos que a realizam, pois sem o artista orquestrando todos os movimentos na construção da arte conceitual que vai abranger a obra literária, não há como se discutir a importância da ilustração no mercado editorial. Sendo assim, objetiva-se por meio desse minicurso, investigar a vida e os principais trabalhos dos artistas por trás das ilustrações da obra infantil lobatiana, evidenciando como o espaço da publicidade e das revistas ilustradas foram significativos nichos dos grandes ilustradores que construíram todo um legado da arte gráfica livresca no Brasil. Tencionamos também, demonstrar a importância e a história da ilustração livresca, da mesma forma que a relação entre esta e o texto escrito, levando em consideração os aspectos históricos culturais de cada obra analisada e o seu uso como ferramenta discursiva atrelada ao texto. Como aporte teórico buscamos respaldo em Arroyo (1990), Koshiyama (2006), Lima (2020), entre outros estudiosos da ilustração.

Palavras-chave: Ilustração; Ilustradores; Monteiro Lobato.

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MINICURSO 10

Mulheres nos quadrinhos: Temas fracturantes e relatos de si

Dra. Márcia Tavares Silva (UFCG)

Júlia Juliêta Silva de Brito (PPGLE/UFCG- Mestranda)

Modalidade: Presencial (Manhã)

Através de um trabalho adulto, identitário e confessional, as mulheres têm usado os quadrinhos contemporâneos como forma de expressão pessoal, de maneira que não apenas preenchem uma lacuna na representação feminina nas HQs, mas também desenvolvem relatos de autoafirmação e resistência, contribuindo para um espaço que desafia estereótipos de gênero e sexualidade, uma vez que o formato dos quadrinhos tem uma relação peculiar com as narrativas de memória, autobiográficas e de desenvolvimento. Nesse cenário, a proposta do minicurso é fomentar uma discussão acerca das narrativas gráficas produzidas por mulheres durante os séculos XX e XXI, de modo a explorar testemunhos complexos e fracturantes nas histórias em quadrinhos de autoria feminina. Buscamos destacar produções de cartunistas como Trina Robbins, Roberta Gregory, Alison Bechdel e Marjane Satrapi, ao qual utilizam a linguagem verbo-visual como plataforma para a auto-representação e relatos de si, no qual destacamos suas identidades interseccionais. Assim, as discussões estão fundamentadas no conceito de arte sequencial e narrativa gráfica (Eisner, 1989; 2005), da relação dos quadrinhos com outras linguagens (Barbieri, 2017) e em seu sistema, estrutura e percurso histórico (García, 2012; Groensteen, 2015; Postema, 2018). Quanto ao estudo temático, é centrado nos quadrinhos de mulheres (Chute, 2010), no continuum lésbico e existência lésbica (Rich, 2010) e na interseccionalidade (Crenshaw, 2012). Para tanto, ao explorar narrativas gráficas contemporâneas, pretendemos enfatizar a relevância das vozes femininas que ecoam na cápsula do tempo no universo das HQs, de maneira a apreciar criticamente e contribuir para um ambiente de diálogo representativo.

Palavras-chave: Histórias em quadrinhos; Mulheres; Temas fracturantes; Autobiografia. Relatos de si.

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MINICURSO 11

Estudo do espaço na tradução de crônicas

Dra. Shirley Barbosa Neves Porto (UFCG)

 Karinne Rodrigues da Costa (Graduanda Letras Libras - UFCG)

Modalidade: Remoto (Manhã)

Este minicurso visa explorar o uso do espaço no processo de tradução de crônicas em Libras. Iremos identificar como se deu o uso do espaço tanto no texto em português quanto na tradução de Português para Libras na crônica; Descrever a construção do espaço na narrativa; Catalogar o elemento espaço na tradução; Categorizar o uso do espaço na tradução da crônica em cada lugar do par em tela. O curso será desenvolvido de maneira prática, e de forma colaborativa com a análise crítica de traduções de crônicas em Libras. Público-alvo: Estudantes, TILSP, educadores e demais interessados em ampliar seus conhecimentos sobre o uso do espaço na tradução do texto literário.

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Mulheres na literatura contemporânea: Movimentos decoloniais

MINICURSO 12

Dra. Silvanna Kelly Gomes de Oliveira (UFPB)

Modalidade: Remoto (Noite)

ESGOTADO

As mulheres e suas expressividades decoloniais têm aparecido na cena literária contemporânea, compondo um mosaico que inclui subjetividades de gênero, raça, etnia, classe social, sexualidade, espaços geográficos (muitas vezes, periféricos – na vida e na escrita), em várias camadas. Desse modo, elas se apresentam nos textos poéticos, ficcionais e críticos (ou em todos eles ao mesmo tempo), criando um apanhado de novas e sonoras vozes que questionam a lógica colonial, fortemente violenta para os países do Sul global. Nesse sentido, é esta “multidão-mulher” que borra as fronteiras entre a ficção e a vida, ocupando os lugares majoritariamente brancos e canonizados, aos acudirem as hierarquias literárias através de suas escritas. Sendo assim, o minicurso tem como objetivo tecer um diálogo horizontal entre algumas pensadoras, “escritoras do terceiro mundo”, como também das suas produções, a fim de identificar o modo diverso como elas resistem, desde a rasura da linguagem até os temas que cercam suas literaturas. Além disso, essa proposta considera uma nova possibilidade para o ensino de literatura, tanto no nível básico quanto no nível superior, abrindo uma “brecha” para a reformulação dos currículos, dentro de um viés mais decolonial. Para tanto, parafraseando Thays Albuquerque (2022), em um movimento caleidoscópico, o“corpo” desta proposta se ramifica a partir das confluências de Oyěwùmí(2021), Lugones (2014), Alzaldúa (2000), González (2020), Collins (2019),hooks (2019), Evaristo (2020), Ribeiro (2018), Adichie (2019), entre outras.

Palavras-chave: Mulheres; Literatura contemporânea; Decolonialidade.

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MINICURSO 13

Possibilidades para a aplicação da tradução no ensino de Literatura de Língua Inglesa

Dra. Sinara de Oliveira Branco (UFCG)

Ms. Aurielle Gomes dos Santos (UFCG)

Modalidade: Remoto (Noite)

A noção de que a tradução se restringe à decodificação e substituição de símbolos linguísticos, ou que consiste em meramente transferir o sentido de um texto de uma língua para outra ainda permeia a crença de muitos leitores. Essa concepção tradicional configura-se em um dos elementos que inibem a aplicação da tradução no ensino de literatura de língua inglesa. Na contrapartida dessa narrativa, cada vez mais estudos apontam para a prática da tradução como ferramenta didática que favorece a aquisição do léxico e a familiarização do aluno com elementos culturais da cultura estudada (Sanchis, 2020; Branco, 2011). Como aponta Arrojo (1992), antes de ser uma recuperação de um sentido correto, a atividade de traduzir é um produto de interpretação de textos, que favorece a leitura, estando culturalmente, ideologicamente e historicamente situada. Na esteira desse pensamento, o aluno que se depara com a tarefa de tradução precisa entender-se como um sujeito interpretante, inicialmente um leitor que, a partir de sua perspectiva, fornece sua versão para a interpretação de um produto linguístico/cultural/ideológico, utilizando as línguas portuguesa e inglesa. No contexto desta discussão, este minicurso objetiva apontar possiblidades de aplicação de atividades de tradução no ensino da Literatura de Língua Inglesa. A princípio, serão discutidas visões relacionadas ao conceito de tradução; será explorada a relevância e os benefícios de se trabalhar essa prática de uma forma contextualizada e significativa, como também serão apresentadas possíveis estratégias para a utilização da tradução associada à leitura em sala de aula de literatura de língua estrangeira.

Palavras-chave: Ensino de Tradução; Teorias de Tradução; Ensino de Literatura de Língua Inglesa; Leitura, Atividades de Tradução e Leitura.

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O JOÃO REDONDO NA SALA DE AULA: MAIS UM CONVITE À LEITURA

MINICURSO 14

CANCELADO

Prof. Dr. Hadoock Ezequiel Araújo de Medeiros
(UFCG/PPGLE

Profa. Dra. Naelza de Araújo Wanderley (UFCG/PPGLE)

Estudar o teatro popular (Teatro de Bonecos o João Redondo) na perspectiva de compreensão de suas matrizes e do seu desenvolvimento na região nordeste, atentando para os processos de mediação e recepção (método recepcional) desse gênero em sala de aula, em turmas do Ensino Fundamental.

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VOZES QUE ECOAM E ENCANTAM: A LEITURA EM VOZ ALTA E A

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

MINICURSO 15

Ma. Maria Gilliane de Oliveira Cavalcante (UFCG)
Dr. Marivaldo Omena Batista (UNESP)

Modalidade: Remoto (Manhã)

O ato de contar histórias é uma arte milenar. Desde a antiguidade, as pessoas reuniam-se para compartilhar histórias. Essa prática perdura até os dias atuais, sendo possível encontrá-la em diversos contextos, como nas calçadas, praças, residências de familiares e vizinhos, bem como durante festividades. Através dessa tradição oral, histórias são contadas e repetidas, contribuindo para a preservação de antigas tradições e costumes culturais. A contação de histórias constitui uma das mais antigas formas de comunicação, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento das culturas ao longo da história. Com o advento das novas tecnologias, a contação de histórias também se adaptou, encontrando novos espaços no ambiente digital, como podcasts, vídeos e redes sociais, preservando seu papel de conectar gerações e transmitir saberes de forma envolvente e acessível. Desta forma, o ato de ouvir e contar histórias exerce uma significativa influência no desenvolvimento do pensamento crítico dos indivíduos, promovendo não apenas a transmissão de valores culturais, mas também a construção de habilidades cognitivas essenciais para a reflexão e análise. Neste sentido, este minicurso tem como objetivo evidenciar a relevância da leitura em voz alta e da contação de histórias como práticas metodológicas essenciais na mediação da literatura infantil e juvenil. A proposta envolve a apresentação de técnicas e estratégias para que mediadores de leitura possam aplicá-las tanto em salas de aula quanto em espaços culturais. Ademais, o minicurso explora a compreensão de conceitos como contação e proferição, embasados em autores como Betty Coelho (1999), Elie Bajard (1994), e Renata Junqueira de Souza (2021), entre outros, com o intuito de identificar os elementos fundamentais dessas práticas.
 

Palavras-chave: Contação de histórias; Leitura voz alta; Mediação de leitura.

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MINICURSO 16

LEITURA ORAL DE POEMAS E FORMAÇÃO DE LEITORES

Dr. José Hélder Pinheiro Alves (UFCG)

Modalidade: Presencial (Noite)

Sala: 15 (Auditório UACS)

ESGOTADO

A leitura oral de poemas é quase sempre indicado como um problema para professores eleitores em geral. No entanto, sabemos ela pode se constituir num importante instrumento de apoio à formação de leitores. O curso terá como objetivo principal o treinamento de leitura de textos diversos, como poemas infantis, folhetos de cordel e de autores(as) canônicos (as) ou não. Serão observados aspectos técnicos, como as pausas, as entonações, o andamento de leitura, a observação dos diferentes tons que podem estar presentes nos textos literários. Nos apoiamos, teoricamente, em contribuições de autores de diferentes áreas, como Stanislavski(1988) e Bajard (2007) bem como em nossas experiências e reflexões (Pinheiro, 2018, 2020 e 2024). Espera-se que os participantes se habilitem minimamente para levar o poema para sala de aula respaldados na vivência com a realização oral.

Palavras-chave: Leitura oral; Entonação; Pausa; Poesia na sala de aula.

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MINICURSO 17

Performance da Visual Vernacular em narrativas

Prof Me. Cristiano Monteiro (UFPE)
Profa Dra. Shirley Neves Porto (UFCG)

Modalidade: presencial (noite) 

Sala: 1

Este minicurso visa explorar técnicas e práticas de performance visual aplicadas à narrativa da VV, utilizando o corpo, expressão facial e elementos estruturas visuais como expressivas. O curso busca integrar diferentes formas de arte (teatro, artes visuais, literatura e novas mídias) para criar narrativas envolventes e performáticas. Metodologia: O curso será desenvolvido de maneira prática, com atividades e exercícios de performance, criação colaborativa e análise crítica de obras visuais e performances narrativas da VV. Público-alvo: Estudantes, artistas, performers, educadores e demais interessados em ampliar seus conhecimentos sobre a relação entre performance e narrativa da VV

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MINICURSO 18

​CRIAÇÃO DE CÍRCULOS DE LEITURA

​Profa. Dra. Adriana Ortega Clímaco (CEFET/RJ)
Profa. Dra. Raquel da Silva Ortega (UESC)

Modalidade: remoto (noite)
 

CANCELADO

​O objetivo deste minicurso é apresentar, de maneira prática, caminhos possíveis para a criação de círculos de leitura em português e em espanhol. O círculo de leitura é uma prática que existe há tempos e que consiste em encontros de leitores para compartilhar, de maneira menos formal e estruturada, suas impressões sobre suas leituras de literatura. Formar leitores de literatura é um dos objetivos educativos mais estimados devido à grande contribuição da leitura de literatura para a formação humana, como ampliação da visão de mundo, desenvolvimento de senso crítico, além da educação para a sensibilidade. Os círculos de leitura são espaços privilegiados que, em diálogo com outros espaços educativos, contribuem para o processo de formação de leitores de literatura e permitem um diálogo interdisciplinar com diversos campos do saber. No caso das literaturas hispânicas, o círculo de leitura permite a alunos, professores e interessados em geral em espanhol ler e conhecer as literaturas produzidas no mundo hispânicas e valorizar o seu potencial artístico, sem reduzi-la a um simples pretexto para ensino do idioma. Já em relação à literatura brasileira, especificamente a produção literária de autoras negras, o círculo de leitura possibilita o conhecimento sobre as autoras e suas obras, a discussão de temáticas relativas às relações étnico-raciais no nosso país, além de estabelecer um espaço de troca de experiências pessoais e profissionais sobre o racismo, contribuindo para seu combate. Partindo da experiência da criação do Club de La Mancha – Clube de Leitura em espanhol (UESC) e do Clube de Leitura: Autoras Negras Brasileiras (CEFET/RJ), vamos analisar as bases teóricas formuladas por professores que criaram, efetivamente círculos de leitura em seus ambientes educativos (COSSON, 2021; GALLIAN, 2017, ORTEGA, 2022). Analisaremos as etapas (modelagem, prática e avaliação), os critérios para seleção de obras literárias, os formatos dos encontros e as possibilidades de registro da experiência. A partir da discussão sobre a análise dos contextos educativos onde o círculo de leitura será criado e também da importância de escutar as pessoas que desejamos que participem do círculo, será possível formular propostas de criação de círculos de leitura específicas para os ambientes onde atuam.

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MINICURSO 19

A CONTÍSTICA FANTÁSTICA DE ANGELA CARTER: REFLEXÕES TEÓRICAS E IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO​​

Alícia Maria Pereira Gabriel (PPGLE/UFCG)
Luan Pereira Cordeiro (PPGLE/UFCG)
Suênio Stevenson Tomaz da Silva (PPGLE/UFCG)​

Modalidade: presencial (manhã)

Nem só de elementos sobrenaturais vivem os contos de fadas, mas de diversas outras categorias. Um exemplo dessa versatilidade concerne à contística da britânica Angela Carter, cujas narrativas trazem consigo intertextos e paródias, subvertendo assim outras histórias tradicionais, sobretudo aquelas denominadas de fadas. Diante disso, este minicurso pretende contribuir com discussões teóricas sobre narrativas curtas de Carter e suas implicações para o ensino de literatura. Para tal, utilizaremos alguns contos da autora e abordaremos questões recorrentes na literatura fantástica contemporânea.

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MINICURSO 20

Comment vivre ensemble ? Une réflexion sur le roman de jeunesse « Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran » d’Éric-Emmanuel Schmitt.

Dra. Carolina Antonaci Gama (UFCG) Modalidade : Presencial (manhã)

Qu'est-ce qu'un Arabe ? Qu'est-ce qu'un Juif ? Qu'est-ce qu'un Turc ? Qu'est-ce qu'un musulman ? Qu'est-ce qu'un soufi ? Bien que ces questions puissent paraître complexes et difficiles à cerner de manière univoque, le roman de jeunesse Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran d'Éric-Emmanuel Schmitt les aborde avec une singularité qui mêle à la fois humour, douleur, légèreté et profondeur. L'œuvre nous plonge dans l'atmosphère d'une "rue Bleue" qui n'est pas réellement bleue, où un Arabe qui n'est pas Arabe symbolise les dynamiques complexes des relations entre musulmans, juifs et chrétiens. Ainsi, le narrateur, évoquant sa rencontre avec « l’Arabe » de l’épicerie, souligne que « Avec monsieur Ibrahim, je me rendais compte que les juifs, les musulmans et même les chrétiens, ils avaient eu plein de grands hommes en commun avant de se taper sur la gueule. Ça ne me regardait pas, mais ça me faisait du bien » (SCHMITT, 2001). Dans le contexte actuel, marqué par un affrontement tragique entre deux peuples frères qui se trouvent plongés dans une guerre génocidaire, il apparaît d'autant plus nécessaire, voire urgent, d’aborder en classe des questions liées au vivre-ensemble, à la tolérance religieuse et à la convivencia, à l'instar d’Al-Andalus. À travers l’histoire d’un jeune garçon d'origine juive et d'un sage soufi, ce livre de Schmitt met en lumière la richesse des relations humaines dans des contextes variés, tels que celles entre "amis", "disciple et maître", ou encore "père et fils". S'appuyant sur les théories et réflexions concernant le vivre-ensemble, la tolérance, la différence et la communauté développées par des penseurs et écrivains tels que Jacques Derrida, Emmanuel Levinas, John Locke, Jean-Luc Nancy, Edmond Jabès et Clarice Lispector, ce mini-cours cherchera à susciter une réflexion critique sur des enjeux contemporains, notamment le conflit israélopalestinien, à travers le prisme de l'œuvre Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran. Mots-clés : Vivre-ensemble ; tolérance ; conflit israélo-palestinien ; Éric-Emmanuel Schmitt.

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MINICURSO 21

Dioniso, mito, natureza e poiésis.

Fernanda Lemos de Lima – professora titular de Língua e Literatura gregas, artista visual e escritora (UERJ)

Modalidade: Presencial (diurno)

Dioniso, deus nascido e renascido, é a figura divina da qual partiremos para pensar em uma  potência geradora e regeneradora da natureza.  Ao mesmo tempo em que seu culto passa a ser regrado pela urbanidade das festas do teatro da cidade de Atenas, Dioniso segue sendo o deus epidêmico, cuja chegada é desestabilizadora. O curso se propõe a refletir a respeito das narrativas míticas, do nascimento e renascimento desse deus. Intenta-se ainda pensar a potência dionisíaca no que tange o processo de poiésis em diversas linguagens artísticas, propondo, aos participantes, breves exercícios e criação escrita ou plástica.
 
Palavras-chave: Dioniso, natureza, criação, poiésis

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MINICURSO 22

CENSURA NA LIJ: ALGUNS CONCEITOS, ALGUMAS PROBLEMATIZAÇÕES

Thiago A. Valente (UENP/GP Literatura juvenil: crítica e história)

Modalidade: Presencial (Manhã)

Este minicurso aborda alguns conceitos apresentados no capítulo de abertura da obra Literatura infantil e juvenil na fogueira, organizada por João Luís Ceccantini, Eliane Galvão e Thiago Alves Valente (2024), publicado pela editora Aletria. De modo geral, a obra apresenta um panorama composto por diversos episódios em que obras literárias sofreram proibições ou coerções, com o intuito de retirá-las de circulação ou mesmo de bibliotecas institucionais, sobretudo das escolares. No texto “Censura, censuras”, introdutório ao conjunto das análises e reflexões que formam o livro como um todo, os autores buscam mapear concepções e ideias sobre a censura que permitam instrumentalizar professores, pesquisadores e demais interessados no tema frente a situações de cerceamento ao livro de literatura, mais especificamente, quanto às obras voltadas a crianças e jovens. Pretende-se abordar ao longo deste minicurso, assim, os seguintes tópicos: apontamentos sobre a história da censura no Brasil, com destaque para eventos ligados a Monteiro Lobato (1882-1948); autocensura, escrita e autoria; desdobramentos do politicamente correto e a rasa leitura da literatura dentro e fora da escola. A abordagem se sustenta em estudos da teoria literária no campo da Sociologia da Leitura e da Estética da Recepção. 

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MINICURSO 23

Zonas de fronteira: literatura juvenil ou para o jovem leitor?

Ana Crelia Penha Dias
Modalidade: Presencial (Manhã)

Quando pensamos os limites dos subsistemas literatura infantil e juvenil, alguns questionamentos saltam na direção do compromisso de formar leitores em espaços formais e a relação com a produção pensada para circular na escola: quais são os limites entre os textos infantis/ juvenis/ e os destinados a adultos? Em que ponto um texto deixa de ser do interesse de um nicho de um público e se dirige a outro? Seria possível pensar a formação de leitores a partir da concepção de uma literatura sem adjetivação indicativa de direcionamento de público leitor? A indicação de destinatário na literatura está longe de ser um território pacífico do ponto de vista de quem escreve; do mercado que edita e promove a circulação das obras; e ainda do olhar de quem seleciona as leituras. Este minicurso tem por objetivo trazer algumas reflexões acerca do endereçamento prévio das obras, em cujas bases se constroem os estatutos (ainda que precários) das literaturas infantil e juvenil, e as possíveis transgressões a esses processos de (não) destinação dos textos a públicos específicos. Para tanto, serão analisadas obras cujas zonas de endereçamento, embora definidas na ficha catalográfica, são fronteiriças no sentido da possibilidade de se dirigir ao público não previsto, a fim de pensar os limites da literatura juvenil, produzida para circular em ambientes formais de escolarização.
Palavras-chave: Literatura juvenil; Literatura para leitor jovem; fronteiras de endereçamento

R. Aprígio Veloso, 882 - Universitário, Campina Grande - PB, 58429-900

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